quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Câmbio III
Os "déficits gêmeos" são interessantes nesses momentos pra mostrar a contradição de muita gente.
Vamos lá:
Y=C+I+G+NX
Y=C+S+T
(Y é o produto da economia, C consumo, I investimento, G gastos do governo, NX exportações líquidas, S poupança e T tributos)
Então C+I+G+NX = C+S+T ou
(S-I) + (T-G) = NX
A idéia é simples, se o governo gasta demais o saldo comercial "piora".
É curioso ver como os que mais apontam dedos na suposta "guerra cambial" são aqueles que mais defendem gasto público pra tentar aquecer a economia.
Se o déficit da balança comercial é tão ruim assim, por que não começar reduzindo os gastos públicos?
Hein Krugman?
Hein Mantega?
Hein Dilma?
Bom, a Dilma se formou na ufrgs, não dá pra esperar que entenda muito de economia, afinal de contas a gente aprende que economia boa é economia fechada.
Enquanto isso nossos parlamentares ganham um bom aumento... a China agradece!
domingo, 12 de dezembro de 2010
Câmbio II
E a moda continua sendo falar em guerra cambial.
Qual é o problema de a China manter a paridade em relação ao dólar?
O país segue na mesma política monetária, a desvalorizão ao longo do ano foi muito pequena.
Cambio fixo não é invenção chinesa e tem suas vantagens e desvantagens.
Pra China é importante por reduzir a incerteza dos investidores, já que o governo não inspira muita confiança.
Acusar a China de manipular o câmbio pra exportar mais é uma tremenda hipocrisia. Primeiro: dificilmente essa é a única razão. Segundo: todos os países que estão reclamando já fizeram coisa muito pior que ter um câmbio fixo.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
PISA 2009
Para aqueles que não conhecem, o PISA é um exame tipo o ENEM - só que sem vazamento de provas ou folhas óticas em ordem trocada - aplicado aos países da OCDE e países de fora do grupo que tem interesse em participar.
O material em questão dá especial ênfase ao fato do Brasil estar se superando a cada edição do exame. Presente no exame desde a sua primeira edição, o Brasil, em sua primeira participação, obteve a média 368, o que lhe rendeu o último lugar nas três provas do exame: literatura, matemática e ciência. Desde lá, o desempenho de nossos laboriosos alunos só melhorou: em 2009, atingimos os 401 pontos. Em comparação apenas com o Brasil das edições anteriores, o Brasil de 2009 é só superação, um sucesso. Mas ficar atrás de potências mundiais como Trinidad e Tobago e Jordânia é bem incômodo.
E pensar que, mais três pontos, o Cazaquistão nos passava... Que, aliás, nem estava na primeira edição do teste!
O PISA, a cada nova edição, congrega mais e mais países de fora da OCDE, o que tende a puxar a média para baixo.
Assim, se ambientássemos o pujante Brasil de 2009 - aquele de 401 pontos - no PISA 2000, continuaríamos exatamente na mesma posição de então: último lugar em todas os testes.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Bolítio
Antigamente ouro era status, agora é o número de baterias de lítio que uma pessoa carrega.
Ou seja, produzir lítio é, cada vez mais, um bom negócio.
O problema dos bolivianos é o seguinte, o lítio é muito difícil de capturar com arco e flecha, zarabatana e demais tecnologias que o país domina.
Segundo eles "dessa vez as riquezas naturais da Bolívia ficarão para os bolivianos".
Ainda segundo eles "precisamos de capital e tecnologia estrangeira".
É complicado misturar os dois discursos.
O Brasil perdeu uma refinaria pra eles.
Será que alguém vai arriscar?
Quem sabe a PDVSA....
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Wiki$$$$$
O que vazou não importa.
Me chamou a atenção uma notícia hoje, de que o mesmo site vai divulgar informações sobre um "grande banco". Isso é mais interessante. Além da pilantragem de salvar os bancos abertamente com dinheiro alheio e óbvio que altos cargos de bancos e políticos se reuniram pra discutir a pilantragem por baixo dos panos. Se reuniram provavelmente comendo do bom e do melhor as custas do contribuinte.
Enfim, isso também não é importante.
Ter informações sobre um "grande banco" é uma coisa interessante e muito importante. Dá pra ganhar dinheiro com isso. E eu suspeito que alguém esteja ganhando, teria de ser um idiota para não ganhar. Quem detém a informação é a turma do Wikileaks. E agora?
Pois é, o site é legal, mas tem muita gente achando que é mais do que é. Eles ganham dinheiro como qualquer outro. E tem acesso a informação antes que o grande público. Usam e abusam dela.
É engraçado esse círculo; populaçao gosta de governo; governo erra; site divulga o erro; site endeusado ($); população acha que a solução é mais governo; mais erros; site ($$) > Deus...
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Campanha contra a Xenofobia
1-Não fazem idéia do que é xenofobia;
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Inflação
Ao largo da guerra civil, os mercados seguem se equilibrando.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
A universidade homofóbica
Lendo o texto perdi um pouco a vontade.
Eu acho que a universidade deveria ter o direito de ser homofóbica.
Quem não concorda que estude em outra universidade.
A insituição é privada, se não recebe verbas públicas, que faça o que bem entender.
Se tiver critérios objetivos de seleção, tudo bem. Leia as regras, entra quem quiser.
Tornar homofobia crime... o Brasil não aprende!
Não se pode proibir alguém de acreditar em alguma coisa, seja ela que homossexuais são inferiores ou que a Venezuela é uma democracia. Muita gente acredita nos dois. Na minha opinião são duas bobagens, mas é direito delas acreditar.
Como Becker explicou, os discriminadores saem perdendo no mercado.
Agir são outros 500, agredir pessoas é crime, independentemente da sexualidade, religião ou da cara delas. Se a polícia é conivente com agressores, é um problema de organização da polícia e não de isso ou aquilo ser considerado crime.
Se a lei mudasse a mentalidade das pessoas quanto a homofobia, não existiria muita diferença entre diferentes regiões de um mesmo país (supondo que não existam leis estaduais). Qualquer um sabe que em cidades menores geralmente a mentalidade é mais conservadora.
A universidade tem o direito de ensinar o que bem entender. O problema é dos alunos.
Tantas universidades (principalmente federais) pregam o fim da economia de mercado; defendem ideais soviéticos de assassinato em massa; defendem que o consumidor latino-americano deva ser lesado com protecionismos tolos; instruem pessoas para confiscar a propriedade de outros, garantida por lei... por que uma não pode ter o direito de não gostar de homossexuais?
Seguindo essa lógica maluca a gente poderia proibir a esquerda conservadora do Brasil de pensar, coisa que na realidade já não fazem muito.
Pra mim não é uma questão de como Deus ou o Diabo acham que as coisas são ou deveriam ser. É uma questão de liberdade de opinião.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Câmbio I
Nunca está bom, sempre valorizado ou desvalorizado demais. E sempre se não for tomada uma medida a economia vai à falência.
Se escuta muito esse tipo de bobagem na televisão.
Agora tá na moda dizer que o Real está sobrevalorizado.
Não vou entrar nos méritos disso. Quero apenas dizer que câmbio valorizado pode ser bom pro país.
A maior parte da "saúde" é importada, equipamentos, remédios, etc.
Boa parte das máquinas são importadas.
Muitas dívidas são em dólares.
Períodos de câmbio valorizado são bons para aumentar a produtividade importando tecnologia.
Mas no Brasil a gente prefere reclamar, é mais fácil.
Por fim, Real valorizado é bom pras viajar pro exterior.
E tem muita gente que tem que sair do país pra abrir os olhos e largar de mão esses mitos nacionalistas de que o país é bonito, os habitantes simpáticos e demais atestados de insanidade.
Mais sobre câmbio em breve, espero.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Consumistas X Artistas
Muitos dizem que os europeus sabem melhor das coisas, menos consumistas e mais artísticos que os americanos.
É curioso que nos últimos 100 anos a "cultura" superior dos europeus produziu, entre outros, Hitler, Mussolini, Franco... e nem falemos da França!
Outra curiosidade é que nesses 100 anos os artisticamente inclinados produziram muito menos bons escritores (na minha opinião) que os consumistas. Música? Mozart, Chopin... depois deles o continente* não produziu muita coisa.
E o mais curioso é que quando a coisa aperta e os monstrengos gerados pela "cultura" européia saem matando sem controle, os europeus sabem que a única saída é ligar pra Washington.
Enfim. Essa comparação de culturas EUA X Europa é uma bobagem, é generalizar sobre muita gente e sem muitos fundamentos lógicos. Mas claro que o cinema sempre tenta nos vender esse mito. É sempre bom contrabalançar com um filme da segunda guerra.
*exclui a grã-bretanha, obviamente.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
10 sinais preocupantes das eleições
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
A esquerda mitomaníaca
"A direita, estimados leitores, está aqui ao nosso redor, louquinha pra mostrar o que é bom pra tosse. Ela fez que saiu de cena e se mandou para o Maranhão, onde os Sarney cuidam de tudo e ninguém diz ai sem saber para que lado o vento sopra, mas não é verdade. Ela está aqui, ela está ali, ela está em toda parte, e sempre do lado da sombra, que é onde ela se sente mais à vontade."
Lendo o Olavo de Carvalho, eu aprendi que, quando o absurdo é muito grande, a gente tem que começar xingando, então vamos lá: MENTIROSO FILHO DUMA PUTA, tua idéia de direita é a coisa mais torta e absurda do mundo. Direita existe sim, tá aqui nesse blog, agora os Sarney não são direita coisa nenhuma, são apoiadores do Lula e da Dilma, que são da turma de vocês, desgraçados. A direita no Brasil não tem plano de tomada do poder, por sinal, nunca vai ter. Nós não gostamos de Estado, nem conosco nem com os outros. Quem tem plano de tomar o poder, de comandar tudo, inclusive a opinião pública é a esquerda brasileira.
Vai pra Venezuela e chama o Chavez de direitista pra ver o que te acontece. O Ahmadinejad é de esquerda? Então explica porque a direita mundial (o Bush e eu) odeia ele, enquanto os esquerdistas Chavez, Obama, Lula, etc adoram um bate papo com o iraniano louco?
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
O pais do futuro
Cegos, só pode.
Em meia hora na rua se vê que o fracasso é mais provável.
10:00 da manhã.
6 pessoas entre 20 e 30 anos são pagas (creio) para abanar umas bandeiras de propaganda.
Elas não deveriam estar se preparando para o futuro glorioso?
Uma carroça com 5 pessoas gera um engarrafamento em uma das principais avenidas da cidade. Avenida que tem no total 4 pistas, estreitas por sinal. Dentro da carroça uma família. Pai, mãe, 3 crianças. Essas crianças não deveriam estar no colégio? Afinal de contas, o Brasil será o país do futuro.
Na sinaleira placas de políticos como: Mano Changes ("grande presença"); Juliana Brizola ("vote na neta do Brizola"); Danrlei (?)...
Me pergunto quem vai construir esse futuro.
Polítcos mediocres e/ou crianças analfabetas?
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Privatização da Vale
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Estatística Soviética
Ao descrever a vida e o trabalho de Kolmogorov, David Salsburg dedica uma seção do capítulo voltado ao gênio russo à estatística soviética. Um "compacto" para os leitores terem noção do drama:
"Apesar de Kolmogorov e seus alunos terem dado importantes contribuições para as teoria matemáticas da probabilidade e da estatística, a União Soviética pouco lucrou com a revolução estatística, o que exemplifica o que acontece quando o governo sabe a resposta "correta" para todas as questões. (...) Com a chegada do terror stalinista, nos anos 1930, a fria mão da teoria comunista ortodoxa - O.o - caiu sobre essas atividades [voltadas à estatística]. Os teóricos do Partido (os teólogos da religião deles, segundo os santos Marx e Lênin ...) consideravam a estatística um ramo da ciência social. Sob a doutrina comunista, toda ciência social era subordinada à planificação central. O conceito matemático de variável aleatória está na base dos métodos estatísticos. A expressão russa para variável aleatória se traduz como 'magnitude acidental'. Para os planejadores e teóricos da Administração Central, isso era um insulto. Toda atividade industrial e social na União Soviética estava planejada de acordo com as teorias de Marx e Lênin. Nada poderia ocorrer por acidente. Magnitudes acidentais poderiam descrever coisas observadas em economias capitalistas - não na Rússia. As aplicações da estatística foram rapidamente sufocadas."
... Aliás, a matemática e a estatística são só mais dois daqueles ramos do conhecimento burguês que, nos últimos séculos, permitiu o desenvolvimento contínuo de técnicas e máquinas que não só multiplicaram a produção, reduzindo preços de bens antes inacessíveis aos pobres, como tornou o trabalho, em muitos casos, bem menos penoso.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Estímulo - Resultados
Dessa vez a culpa não é da Folha. A informação deve ter vindo assim.
Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso, a injeção de dinheiro público permitiu estimular o crescimento econômico entre 1,7% e 4,5%.
Por que não um intervalo de 1,00% a 5,00%? Ou qualquer outro...
Isso vem de um modelo (ok, pode ser chutado).
Vale a pena confiar nesse modelo?
Se esse modelo é bom, pq temos visto tantos erros de previsão nesses tempos de crise?
Essa crise não é algo "nunca antes visto" ou "o início do fim dos tempos"?
Que adianta então rodar um modelo com dados de um passado que não se vive mais?
E será que é um modelo adequado mesmo em períodos de calmaria?
E quanto pesa a política no modelo?
De acordo com números oficiais, o investimento público foi de US$ 787 bilhões, mas segundo sua própria estimativa, o custo foi superior a US$ 814 bilhões.
Algo em torno de 2150 dólares/habitante.
Será que os consumidores tiveram uma melhora de mais de U(2150)?
É. Eu acho que o governo -não só ele- não tem muita idéia do que está acontecendo e fica tentando a glória ao custo do bom e velho contribuinte.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
IBGE e o Neoliberalismo
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Trocas e trocas
Isso me fez pensar em dois pontos importantes da economia: liberdade de escolha e informação.
O processo de trocas é válido pois é baseado em trocas voluntárias, o mesmo princípio de funcionamento da economia de mercado. Ninguém saiu prejudicado. Sempre se trocou menos utilidade por mais utilidade. Gerou-se utilidade sem produção, apenas realocando os bens entre os consumidores. Se o jogo terminasse por aqui...
Em troca direta não há preços monetários. Geralmente os bens sendo trocados possuem alguma espécie de valor sentimental ou simplesmente não são comercializados normalmente, não possuindo um preço em unidades monetárias. Preços refletem informações importantes na economia. Sair de um clips para uma casa foi possível pq as trocas não foram mediadas por moeda.
Claro que alguns comunistas tentam ver nisso um grande futuro. Ir no supermercado com clips, canetas e mais uma bugigangas e sair com o carrinho cheio de delícias importadas.
Pessoalmente acho que a brincadeira é divertida e se presta pra algumas conversas econômicas. E termina por ai
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Meat is murder?
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Melhor negócio do mundo
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Hot Dog?
Tá, não tem nada a ver com economia nem nada o post. Mas enfim... economia é mais difícil que falar mal das coisas.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Lógica estranha
domingo, 18 de julho de 2010
Analfabeto político
O
"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
Destaco uma frase:
"Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas."
É verdade que decisões políticas afetam o preço do feijão, do peixe, da farinha do aluguel, do sapato e do remédio. Por exemplo, a decisão de proibir importação de feijão aumenta o preço do feijão, isso é óbvio.
Mas muito pior do que os analfabetos políticos que ignoram que decisões políticas tem impacto no custo das coisas, são os analfabetos políticos que acreditam que só as decisões políticas são relevantes para os custos. Esses são os imbecis que mandam agricultores pro paredão porque tiveram que aumentar os preços dos grãos depois de uma quebra de safra. Esses são os imbecis que colocam uma economia à beira do colapso por proibir aumentos de preços na tentativa de combater a inflação. Em resumo, são os imbecis que tentam revogar as leis de mercado. Ah, e também são os imbecis em quem nós estaremos votando no próximo dia 3 de outubro.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Unfuck the gulf
Eles falam muita merda aí no meio. Lá pelas tantas eles chamam o governo de too little.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Ecofascismo
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Vale tudo?
De fato horrível.
Mas fui levado a pensar em duas coisas.
1) Uma das manifestações era contra o aumento das passagens de ônibus.
Alguém se presta fazer uma análise de pq a passagem é "tão cara"?
Obviamente não vale o chavão clássico de "empresários malvados".
Rapidamente se pensa no seguinte:
i) Existe concorrência ou não nesse setor? A resposta é um claro não.
Funcionam com base em consessão de linhas por parte da prefeitura. Empresa A e empresa B operam linhas distintas.
ii) Há liberdade tecnológica? Não, não se pode demitir cobradores.
iii) Preços são livres? Não.
Isso é o suficiente para o sistema ser ruim.
Se os preços são determinados pelo governo e não há concorrência, há uma pressão constante para aumentá-los, até o governo ceder.
Se houvesse livre entrada e concorrência, os preços se ajustariam aos demais. Se empresa A explora a linha 10 cobrando 2,00 e a empresa B a mesma linha a 2,50, é óbvio que a empresa B vai se dar mal, ou 50 centavos não têm importância e as pessoas pegam o primeiro que passar. E os lucros se normalizariam com os da economia.
Um bom exemplo da falta de análise de custos é que uma das empresas de ônibus de Porto Alegre é deficitária, pois tem linhas que percorrem distâncias muito grandes. Mesmo assim todo o mundo reclama do preço da passagem.
Outra coisa importante é que vivemos em uma democracia, ou algo assim, sempre tem políticos falando em "passe livre" e essas coisas, mas a população ainda prefere pagar os seus R$ 2,35 a viver uma "psol-ização" de sua vida.
2) Não é essa mesma gente que protesta contra isso e aquilo, aquela que se cala quando o MST destroi os laboratórios da Aracruz? Quando o MST usa crianças como escuto humano? Quando se queimam ônibus e se quebram vitrines?
Não acho que a polícia tenha o direito de agredir manifestantes (desde que pacíficos), de modo algum, mas também não deve ficar parada quando se destroi a propriedade privada.
Por fim, o que mais me assusta nisso tudo é acreditar que a solução é por mais Estado nas coisas.
Quanto menos Estado existe, menos força ele tem pra "prender e arrebentar".
terça-feira, 11 de maio de 2010
Good old Britain!
Chega de partido trabalhador, 13 anos.
Isso é bom. Apesar de não ser uma vitória com maioria.
Não sei nada sobre ele, nem sobre seus planos*.
Mas é bom ver que a resposta da Inglaterra a essa turbulência toda é o partido conservador.
Principalmente depois de os EUA terem eleito um democrata-comunista.
A Inglaterra sempre difundiu muitas idéias pelo mundo.
Talvez essa seja mais uma.
Tomara.
*ignorar o post se ele for um comunista disfarçado
quinta-feira, 6 de maio de 2010
A sociedade é pedófila
O arcebispo de Porto Alegre disse essa bobagem.
Gostaria de saber o que é a sociedade e como ela pode ser alguma coisa.
A coisa está cada vez mais bonita. A igreja se defendendo com chavões comunistas. Comunistas com chavões religiosos...
Pior de tudo, imagina se a moda pega como defesa válida.
Ai sim Brasília vira uma festa. Os poucos que lá não roubam vão meter as mãos nos nossos bolsos com a desculpa de que Brasília é corrupta, então está tudo bem.
E essa frase do arcebispo só mostra o que todos já sabem: comunistas comem criancinhas.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Ciclos Políticos
domingo, 2 de maio de 2010
Protesto pra cá protesto pra lá
Os protestos são sempre dos mesmos grupos, nazistas e comunistas. Comunistas fazem um protesto duplo, brigam com os nazistas e fazem seu próprio.
Sou contra os três, obviamente.
Nazismo e comunismo são duas ideologias muito próximas, isso é claro.
Mas, se os comunistas reclamam da violência da polícia, por que vão brigar com os nazistas?
Para mim, as duas ideologias são tão vazias de conteúdo que só diferencio a cor das camisetas.
Protestos comunistas sempre terminam em lojas quebradas, carros queimados, etc.
Por que?
Alguém já viu um protesto de mães querendo melhor educação para seus filhos terminar com algum ferido?
Minha teoria é que 99% lá não tem nem idéia de que é comunismo e tá só pela diversão de jogar pedras e garrafas por ai. Conheci um sujeito num trem na Alemanha uma vez que estava indo pra um protesto, andava com um livro do Lênin sobre imperialismo na mão. Comecei a falar com o cara sobre o livro, eu tinha lido uma boa parte há uns anos... termina que o cara não tinha idéia do que tratava o livro e achava ele muito chato. Mas andava com ele na mão.
Enfim, o ponto é que um protesto que sempre termina em violência por violência não é válido, principalmente em um país democrático como a Alemanha.
Quer ser comunista? Seja, mas seja em paz. Não é proibido escrever ou pendurar uma bandeira na janela.
E o que tira ainda mais a razão dos comunistas, a liberdade de expressão comunista no país é muito maior que a nazista, obviamente, apesar de serem as duas, no fundo, a mesma coisa. Qualquer esforço intelectual sério para combater as duas é válido (convenhamos que nao precisa muito né).
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Mais um!
Parabéns!
Abaixo a notícia do ppge.
É com satisfação que este Programa de Pós-Graduação em Economia, informa que Professores e Alunos são premiados no Premio Microsoft de Derecho Y Economia), na XIV Conferencia de Analisis Económico del Derecho de La Associación Latinoamericna e iberamerica de Dereocho Y Economia (ALACDE) realizada em El Salavador como segue:
Trabalho:
ADOLESCENTES INFRATORES: CONTEXTO PESSOAL E SISTEMA DE JUSTIÇA JUVENIL
(YOUNG OFFENDERS: PERSONAL ENVIRONMENT AND JUVENILE JUSTICE SYSTEM)
Autores:
Amin, M.C.; Iglesias, J.R.; Comim, F.V.; Mattos, José Ely de do PPGE/UFRGS - Economia Aplicada
(trabalho apresentado pelo prof. Giácomo balbinotto Neto)
- A HISTÓRIA DO PENSAMENTO EM DIREITO E ECONOMIA REVISITADO: CONEXÇÕES COM O ESTUDO DA RESPONSABILIDADE CIVIL NO BRASIL.
Autores: Giácomo Balbinotto Neto (PPGE/UFRGS) e Eugenio Battesini (PPGDIR - UFRGS e AGU)
Evento:
XIV Conferencia de Análisis Económica del derecho de la Associación Latino American e Ibérica de Derecho Y Economia (ALACDE)- El Salvador
www.alacde.org
quarta-feira, 28 de abril de 2010
A vida não é um piquenique
O que me incomoda é ter que ler ou ouvir alguns debilóides falando que a educação em geral não deve ser, de maneira alguma, orientada para o mercado de trabalho: que isso é a prostituição do conhecimento.
No fundo os defensores dessa bandeira ignoram completamente como a vida humana tem funcionado desde que surgiram os traços mais rudimentares da divisão do trabalho.
É muito bonito - e também muito burguês (porque todo comunista é um burguês envergonhado) - entoar loas à Antiguidade Clássica, à filosofia de Aristóteles, à fúria de Nietzsche e querer que as crianças tenham uma consciência crítica (e esse pessoal é competente em criar pleonasmos). Essa preocupação iritual que desdenha o mundo material é bem típica daqueles que acham que a comida chega às suas mesas por passe de mágica; que creem que o carvão que vai pra dentro da lapiseira - pela qual escrevem inflamados discursos contra o FMI - se teletransporta das minas.
No fundo, estes defensores do banimento de uma educação ligada, de alguma forma, à produção desprezam o fato elementar de que para se ter acesso aos tomates e a um belo naco de carne no final do dia, eu tenho que levar ao seio desta aldeia global algo que os meus pares julguem útil: afinal, tenho que convencê-los que sou merecedor desses tomates e do fiambre.
(Só não comentem o post com a frase que fala da benevolência do açougueiro...)
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Chicago é Chicago
Nunca tinha ido a uma palestra de alguém desse nível.
Foi impressionante.
O paper apresentado era bem complicado. Boa parte dos estudantes saiu lá pela segunda ou terceira lâmina.
Entre os professores da "banca" estava R. Manuelli (professor em Minnesota). O resto eram locais, com phd em Columbia, Harvard e South hampton.
A cada comentário dos professores, eu pensava: nossa, como ele vai sair dessa?!
E o cara respondia muito bem e muito rápido.
Enfim, foi interessante pra ver que Chicago é Chicago!
E, o cara é muito simpático, mesmo depois de eu ter feito uma pergunta estúpida não me mandou à merda... ficou falando de umas coisas relacionadas a minha pergunta e tal que eram legais de estudar... e de um monte de papers que eu obviamente nao tinha lido...
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Inconsistência verde
Buenos Aires aderiu a essa coisa.
Uma vergonha.
A cidade não tem coleta seletiva de lixo.
O país subsidia a energia eletrica.
Subsidia o gas também.
Qualquer coisa verde é assim. É muito bonito falar, mas na hora de realmente fazer alguma coisa bate aquela preguiça.
As pessoas só querem fazer alguma coisa pelo "bem verde", mas tem que ser a menos cansativa.
Qualquer mudança de comportamento deve acontecer através do mercado, e não indo contra o mercado.
Isso mostra, mais uma vez, o que o movimento verde, bem como todos os outros que vão contra a economia de mercado, é feito por gente sem conhecimento (econômico).
quarta-feira, 7 de abril de 2010
O dia em que o Google maps quase me matou
Recebi um aviso dos correios de que tentaram me entregar uma ecomenda mas eu nao estava e deveria buscar em tal lugar.
A coisa começou meio estranha pq no suposto horário da entrega eu estava em casa.
Achei que o carteiro tava de sacanagem comigo.
Ai fui checar o endereço no google maps, 15 km de casa. Ai pensei que o carteiro de fato tava rindo muito da minha cara.
Não conseguia achar uma linha de ônibus que me deixasse perto do tal lugar em menos de 50 minutos de viagem.
Um trem me deixaria a cerca de 2km do local, nada mal. Como era longe de casa fui checar se era um bairro "caminhável". O fato é que no Google maps não dava pra ver claramente qual era o bairro, mas procurando no Google normal pelo nome dos bairros parecia que seria uma caminhada interessante, casas antigas... apenas um pequeno trecho estava incerto, exatamente na fronteira entre a cidade e a provincia.
Um tempo depois falando com um amigo tava explicando a sacanagem do carteiro e tal e ainda acrescentei que os bairros todos se chamavam "villa" alguma coisa.
Meu amigo disse "relaxa, pelo menos não é a fuerte apache". Fiquei curioso com o que seria a tal da fuerte apache... pesquisa daqui, pesquisa dali descobri que é um dos lugares mais perigosos da américa do sul, ou seja, do mundo (tá, talvez seja comparável ao RJ [pelo menos em termos midiaticos]).
E pior, a pesquisa me disse que a suposta agência dos correrios ficava a 1 quadra do início do fuerte apache.
Nesse ponto eu já estava achando que o carteiro era um sádico.
Pois bem, estava na dúvida se tentava arranjar um colete aprova de balas ou se deixava para lá o livro.
Resolvi procurar de novo na internet... e encontro o lugar "certo". A 1 km de casa.
A confusão gerada pelo google é que existe uma rua na provincia que tem o mesmo nome de uma avenida na cidade. Um "vocês queria dizer..." teria sido útil.
Enfim, o googlemaps poderia por umas caveiras ou sei lá em alguns lugares.
Bom, cuidado!
PS. Desculpa o post na ter nada a ver com economia... mas vai dizer, essa história é muito mais divertida do que meus textos normais.
terça-feira, 30 de março de 2010
Econosheet 2 anos e meio adiantado
segunda-feira, 29 de março de 2010
O legado de Lula
Acho que ele vai deixar um legado importante para o país.
Lula finalmente conseguiu mostrar à "classe" média que não existe salvador da pátria. Aquele cara da esquerda que vai lutar contra as injustiças do mundo, distribuir dos ricos pros pobres.
Ficou claro que o bem estar de todos e de cada um depende muito mais de preços estáveis e dedicação do que de um presidente.
Ficou claro também que não importa quantos dedos o presidente tenha ou quantas línguas fale, mas sim como vai a economia. Ou seja, um presidente deve ser aquele que sabe o que falar em cada hora e em cada lugar e não nos envergonhe negociando com terroristas, acreditando que a França sabe produzir caças ou bebendo além da conta.
Enfim, acho que talvez essa "classe" que, eu politicamente tanto desprezo, venha finalmente a amadurecer politicamente.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Presidente 2010- Américo de Souza (PSL)
Ou seja, parece que teremos um não-comunista concorrendo nas próximas eleições. Acho que vale apoiar o cara, só por levantar a bandeira do liberalismo.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Ainda sobre a formatura
Antes de tudo, é válido destacar que o autor do discurso é um ótimo professor, apesar da visão de mundo "disjunta" da minha.
O discurso do professor apresentou dois problemas.
Primeiro. Não há nada de errado com fechar livros, é uma escolha pessoal. Como comer ou não carne. Obviamente o que lemos nos traz alguma espécie de conhecimento. Bem como comer carne nos dá nutrientes.
Em nenhum momento nosso colega Diego disse que os livros do Marx deveriam ser lacrados, mas simplesmente disse que ele, Diego, não vai mais abrir um. Escolha pessoal, ele vai arcar com os custos e aproveitar os benefícios dessa escolha. [excluindo externalidades]
O ponto que o professor não tocou é o custo de oportunidade de ler Marx, ou qualquer outra coisa. Enquanto se lê Marx não se lê Friedman, Saul Bellow, ou Caras.
Obviamente o Diego não vai deixar de abrir livros, aliás, é um dos poucos daquela turma que vai continuar estudando.
Não ler mais Marx é uma aposta que ele faz. Ele acredita que ler Marx traz menos retorno que ler o Mas-colell. Isso depende de cada um.
Sem fechar livros não se chega a lugar algum.
O segundo ponto. O professor falou que a universidade de Leiden foi fundada por escolha popular. A população concordou em aumentar impostos...
Mas quanto era a tributação na época da fundação da universidade? E a população achava essa tribução "justa" ou não?
Claro que é muito fácil aumentar impostos se se paga 0,1% da renda. Ou mesmo quando se paga 50% e a visão geral é de que isso é correto e deve ser assim.
O problema é querer financiar educação com uma tribução mordendo os 40%, sendo que ninguém deve achar esta "justa".
No atual estado das coisas sou contrário até a tributação de todos em meu benefício. Mesmo que houvesse uma lei que cada brasileiro deveria me dar 50 centavos eu ia negar, por que o governo iria dar um jeito de fazer com que eu repassasse mais do que recebesse.
Inclusive, o Stuart Mill já escreveu sobre a confiabilidade dos holandeses... e todo mundo sabe que no Brasil vale a lei de Gerson.
sexta-feira, 12 de março de 2010
Hayek e o derrotismo
A Ciência Econômica é um apanhado de obviedades minúsculas que, arroladas, conduzem a conclusões nem sempre tão óbvias. Nossa Ciência ganhou o epíteto de lúgubre - eu entendo assim - por tratar de temas mundanos e mesquinhos. Não nos gabamos de pensar no bem, na felicidade e na redenção da civilização humana à moda dos gregos. É natural que, enquanto economistas, guiemos assim nossos pensamentos pois esta é a natureza da nossa Ciência. Somos os arautos da desgraça, os caras que interrompem a festa pra avisar que a cerveja não vai durar a noite toda. Dentro de todas as restrições que nos são impostas, oferecemos as melhores respostas - o que não quer dizer que elas sejam ótimas no sentido grego da coisa.
O que revolta tanto a tantos na obra de Hayek é o balde de água fria que ele atira nos sonhos daqueles que acreditam que é possível dar um jeitinho pra conseguir almoço grátis para todos. Ele não dá uma saída mágica para as "crises". Para tudo, a sua resposta é "deixe o mercado agir". Mas ele não dá garantia nenhuma. Pondera, inclusive, que as soluções via mercado não tem um prazo determinado para "darem certo": elas são lentas.
Àqueles que esperavam fórmulas milagrosas para elevar os homens ao Olimpo, ele oferece um caminho que pode ser lento e cheio de equívocos, mas que, mesmo assim, é o melhor possível. Para Hayek o homem não é capaz de encontrar uma sentença fechada e exata para resolver os "problemas" da economia e "salvar" o mundo; com isso, Hayek zombou dos intelectuais, desdenhou sua capacidade e minou a fúria em seus egos. Garantiu assim o mesmo destino reservado aos portadores das más notícias em um mundo de "sábios" recalcados que vivem de restos e sonham com abundância plena e fácil. Chegar em alguém que se toma por genial e julgar-lhe ser incapaz de resolver determinada questão não é a forma mais indicada para ampliar o leque de amizades.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Homenagem ao Diego Baldusco
quarta-feira, 3 de março de 2010
Brasil não irá se curvar ao bom senso.
"Não se trata simplesmente de se curvar à opinião de um consenso que você pode simplesmente não concordar".