quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ecofascismo

"O uso de sacolas plásticas para embalar mercadorias fica restrito no Rio de Janeiro a partir de sexta-feira, com a entrada em vigor da Lei nº 5.502 de 2009. Os parlamentares da Assembleia Legislativa do estado tinham aprovado o adiamento para janeiro de 2011, mas o Diário Oficial do estado publicou hoje o veto do governador Sérgio Cabral."

Quando o governo proíbe as pessoas e as empresas de decidirem como querem carregar suas compras, things have gone too far.

Existe o argumento de que sacolas plásticas poluem. Solução democrática? Mercado!

Se o problema é que elas consomem petróleo, não é necessário fazer nada, o preço do petróleo vai encarecer as sacolas e a produção delas vai diminuir, tudo se ajusta. Se o problema não for só esse, ou seja, se houver externalidade negativa no uso das sacolas, então a solução é cobrar um imposto no uso delas (tanto faz se no supermercado ou na produção, o efeito é o mesmo). O imposto deve compensar o custo que as sacolas geram pra sociedade. Assim, quem preferir utilizá-las paga pelo prejuízo dessa decisão que atinge outras pessoas.

Mas a decisão está longe de ser democrática, é proibição e ponto. Motivo? Bom, eu vejo dois: o primeiro é que a turma do meio ambiente é ignorante e não tem noção nenhuma de microeconomia. Por sinal, não deve ter idéia do que são externalidades, nem das maneiras de lidar com elas. O segundo é que esse pessoal é autoritário, pra eles ou a pessoa gosta de mato ou leva porrada. Isso, claro é herança dos tempos que eles eram comunistas (ok, são comunistas até hoje, mas não mais abertamente).

Começou com a sacola plástica, logo vão limitar as escolhas de carro (quem comprar um SUV é mandado pro gueto) e assim por diante. No final quem soltar um peido vai pro paredão por emitir metano, e eu não faço idéia do que eles planejam fazer com os cadáveres em decomposição, que emitem gases como CO2, que causam (yeah, right) efeito estufa.


Obs: eu exagerei aqui e ali, mas esse tema me irrita.

2 comentários:

Slo Slo disse...

Ok... eu nunca comento, mas acho esse tópico interessante. Vou começar discordando, não acredito que os ecochatos sejam comunistas e muito menos que políticos ecochatos se preocupem com a natureza, eles carregam uma bandeira e essa bandeira verde traz votos e popularidade, se for assim deveriam abdicar muito mais do que as sacolas plásticas, mas mudanças radicais (que possivelmente pudessem gerar mudanças) isso eles não propõem.
Acho que talvez pela primeira vez, registrada pelo menos, concordarei que deixar o mercado resolver seria a melhor solução. Na Europa as sacolas custam alguns centavos, pode parecer pouco, mas o povo é bem sovina e não gosta de pagar pela sacola plástica portanto levam carrinhos e/ou sacolas de pano. Acho que cobrar a mais pelo uso da sacola plástica é bem mais eficiente, no que diz respeito a tentativa de educar as pessoas, e não faz com que o supermercado tenha que pagar a mais por sacolas "ecológicas" e que conseqüentemente leva ao aumento dos preços finalizando no que sempre acontece, o governo faz as leis a indústria/empresa segue a lei e o consumidor paga a mais por elas.
Desculpa se me estendi, essa coisa das sacolas plásticas me irrita, bem como os mil e um selos de qualidade (tema para uma próxima discussão)

Christian Wolf disse...

Slo:

Primeiro agradeço pelo comentário, tendo um blog sobre economia a expectativa é sempre que os posts não recebam resposta nenhuma. Quando aparece alguma, ainda mais se é extensa, é uma surpresa positiva.

Fico feliz que tenhas concordado com a solução via mercado. Sobre os ecochatos serem comunistas, é comunista lato sensu. Ou seja, detesta a economia de mercado, apoiava a URSS mas ficou órfão quando caiu a cortina de ferro. Aí teve que achar outra maneira de ir contra o sistema. A solução mais popular encontrada foi apelar pro lado da ecologia.