Para os não conhecedores, desde o final do ano de 2006, o modo com que se tratam as finanças estatais vem sofrendo uma lenta revolução, permeadas pela maximização de resultados. Iniciativas firmes tais como: cortes nos gastos públicos (assim como uma racionalização dos mesmos), aumento de receitas, diminuição do aparelho Estatal entre outras ações vem ditando as políticas dessa governante. Tudo isso com um simples propósito, reajuste das contas públicas de um Estado falido por seqüenciais más administrações. A idéia já é antiga mas começou a tornar-se concreta com a eleição da Governadora Yeda Crusius.
Com esse objetivo traçado antes do início de sua campanha para o governo, a Governadora vem, mesmo antes de receber o cargo de Governadora em Janeiro deste ano, lutando para vê-lo concretizado. Nos bastidores ela lutou pela aprovação de um orçamento (do ano seguinte), com cifras mais condizentes com a realidade financeira do Estado. Promoveu um rearranjo das secretarias para haver um maior controle dos gastos. Tudo para ver o quanto antes as finanças estatais no azul. Buscou de varias maneiras aumentar receitas, diminuir gastos e atrair investimentos para o Estado. Na tentativa de desonerar o mesmo da obrigação de ter que investir em novas obras procurou o auxílio do Governo Federal. Procurou renegociar as dívidas com todos os seus credores sejam eles governos ou instituições privadas.
Um caminho, retomado nessa gestão, é o das privatizações e abertura de capital de empresas públicas. Com a recente reorganização acionária e conseqüente venda de parte das mesmas, o Banrisul entra de vez no mercado financeiro como um banco de capital misto, mesmo que ainda dirigido pelo Estado. A Governadora também sinalizou que conduzirá ao mesmo caminho empresas como Corsan e o Daer. A idéia inicial da governadora é promover a captação de recursos que ajudarão no controle do caixa do Estado.
Particularmente acredito que o rígido controle fiscal e diminuição do aparelho estatal levarão o Estado a situação financeira mais sustentável. Ainda que a o aumento de receitas acabe elevando o tamanho do Estado, está cada dia mais provado que a Governadora usá-lo-á com o objetivo de revitalizar as contas estatais, e não com o motivo de aumentar o poder do mesmo, como podemos notar com a liquidação de algumas empresas. Pode não ser o melhor dos mundos, mas com certeza é o melhor que temos em muito tempo.
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