terça-feira, 21 de agosto de 2007

A ilha da fantasia

Cotidianamente a saúde é tratada como um bem público, apesar de ser provida tanto por instituições privadas como por instituições públicas. A saúde gera externalidades positivas, ou melhor, a manutenção da saúde individual (consumo de medidas sanitárias ou remédios) traz benefícios aos demais habitantes de um país ou região, o que, portanto justificaria a intervenção estatal a fim de cobrir a falha deixada pelas instituições privadas.

Bem, pensemos em um modelo estatal de saúde, é importante que nos situemos em algum tempo do passado para que possamos estudar o tratamento estatal para doenças já conhecidas, e não as vindouras. Peguemos como exemplo uma ilha, “isolada”, algo como a ilha de Robinson Crusoé, porém com mais habitantes, agora a delimitação temporal, fins da década de 50 início da década de 60.

Atenção para o tempo, era uma época em que acreditava-se que as doenças eram majoritariamente transmitidas de pessoa a pessoa. Portanto é importante dificultar ao máximo a entrada e porque não a saída da população também? As pessoas precisam acostumar-se com a idéia, leva algum tempo até que os ideais igualitaristas sejam compreendidos. Em alguns anos tem-se um bom nível de saúde, tuberculose está erradicada! Talvez até um pouco antes que no resto do mundo. Tudo vai bem na ilha da fantasia, até de repente aparece algo que se parece com uma doença nova, mas como? Como trata-la?

Bem, chegamos num ponto crucial, onde a saúde requer outras externalidades positivas, como, por exemplo, a constante atualização dos profissionais da saúde. Como se sabe, seres humanos respondem a incentivos, médicos são seres humanos, são racionais, um incentivo interessante a essa categoria talvez seja a possibilidade de subir na vida. Outra externalidade positiva é a gerada pela liberdade de imprensa, assim como a liberdade de acesso à informação, grandes revoluções na medicina aconteceram graças a informações trocadas entre pesquisadores de diversos países, ou seja, a abertura comercial que é inevevitavelmente acompanhada pela abertura informacional gera externalidades positivas até na saúde.

Voltando à ilha, pessoas vão morrendo de doenças desconhecidas, a magnífica saúde de outrora não é mais a mesma. Mas segue-se abusando das externalidades negativas advindas da reclusão comercial e informacional. Pessoas morrem. Essas ilhas...

Um comentário:

bruno disse...

saeeeeeeee daeeeeeeeeee piá!