terça-feira, 20 de novembro de 2007

Quanto menos melhor

Normalmente, nas campanhas políticas, os candidatos propagandeiam o que fizeram: que mobilizaram investimento pra educação, pra saúde, pra defesa dos trabalhadores, dos agricultores, dos jovens, dos idosos, das criancas, dos adultos, de deus(estão dizendo que ele é brasileiro) e do diabo(esse a gente já sabia e atualmente é ministro). No fundo ganha mais votos quem conseguiu gastar mais. É isso mesmo, tem gente que acha que investimento é diferente de gasto, é mentira, investimento é gasto sim. Em geral, se vota no cara que fez aprovou orçamento pra isso, aumentou a verba daquilo, etc.
Eu proponho o contrário, quero que votemos em quem fez menos. Ou nos que defenderam cortes nos orçamentos(vale corte em qualquer coisa, o Friedman já falou que era a favor de qualquer corte nos gastos do Estado) ou aqueles que simplesmente não fazem nada. Pode parecer absurdo, mas um político que vai pra Brasília embolsa o salário e fica coçando dá muito menos prejuízo do que aquele que se esforça pra mobilizar investimentos pra tudo quanto é coisa. O Brasil ainda é um país pobre, não tem dinheiro pra tudo e mais um pouco, o Estado gasta absurdamente mais do que deveria(quem discorda deve comparar o gasto estatal/PIB com o de países de renda per capita semelhante).
Se as pessoas seguissem essa idéia, certamente o RS não estaria afundado em dívidas. Claro que muito mais bonito do que ser responsável é fazer uma escola por esquina, mas o futuro manda a conta. Já está mandando. E é lamentável que quando aparece uma governadora que mostra algum esforço pra melhorar a situação, o pessoal cai em cima, se volta contra todos os cortes. Alguém tem que pagar a conta.
PS: o esforço feito pela Yeda é menor do que deveria ser, mas devemos dar um desconto, sabemos que ela é keynesiana. Ela deve estar preocupada com o multiplicador dos gastos públicos.

Um comentário:

negoailso disse...

não lembro aonde, mas li um cara que é contra ajudas monetárias à áfrica. feladaputa? não: simplesmente ele sabe que esse tipo de ajuda acaba indo para 'o ralo' [ou: para a conta de quem não precisa, pois ninguém joga dinheiro fora]