quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Comércio de órgãos

Não, o post não é sobre alguém encontrado numa banheira de gelo ou coisa assim, é sobre legalizar o comércio de órgãos. O motivo? Simples, se alguém se dispõe a vender seu órgão por X, essa pessoa atribui a esse órgão um valor igual ou menor que X e se alguém se dispõe a pagar X por esse órgão, essa pessoa atribui a ele um valor maior que isso. Sendo realizado o negócio, as duas pessoas estarão num nível de bem estar maior do que se esse não fosse realizado. Isso supõe, obviamente, que ninguém será forçado a vender um órgão, mas isso vale para qualquer tipo de mercado e geralmente funciona bem.

Claro que não seriam negociados órgãos indispensáveis para a vida. Não existe dinheiro que possa fazer uma pessoa abrir mão de viver, até porque ela não poderia usufruir desse dinheiro não estando viva. Não seria estabelecido um mercado de corações, mas é possível que se estabelecesse um mercado de rins. Como as pessoas teriam mais incentivo para doar do que tem hoje, é provavel que ocorressem muito mais transplantes, resultando em um número maior de vidas salvas.

Outro caso interessante é o dos transplantes de medula, nos casos de leucemia. Como se sabe, não trazem prejuízo para o doador, o problema é encontrar algum doador compatível. Se houvesse um mercado e remuneração para quem fizesse essa doação, as pessoas teriam mais incentivos para se cadastrarem como doadoras. Um número maior de cadastros aumentaria a probabilidade de se encontrar um doador compatível e, assim, seriam salvas mais vidas.

Cabe finalizar dizendo que essa é apenas uma visão econômica e simplificada sobre o assunto. Existem outros aspectos envolvidos em se estabelecer um mercado assim que deveriam ser analisados com cautela. Aqui pretendo apenas mostrar como o estabelecimento de um mercado pode aumentar o bem estar das pessoas e ajudar a salvar vidas.

Um comentário:

Marcelo B.N disse...

Fato.
As pessoas precisam se livrar dessa moral católica maldita. É teu tu vende!