terça-feira, 25 de setembro de 2007

Assina a chamada por mim

"Assina a chamada por mim por favor". Maldita frase! Maldito país! Malditos estudantes! Maldita educação pública!
Assinar a chamada por alguém é crime. Deveria dar cadeira. Chegar atrasado e sair mais cedo também.
Essa prática é, infelizmente, muito comum nas universidades brasileiras.
A educação pública é paga por alguém, professores e funcionários não estão fazendo trabalho voluntário nas universidades. A sociedade paga. Paga muito caro.
A educação é financiada por alguma razão, externalidades positivas. Ou seja, se a sociedade paga pela educação dos jovens é dever deles retribuir.
Vejo a coisa da seguinte maneira: quando faço minha matrícula em tais e tais cadeiras, estou assinando um contrato com a sociedade. É preciso cumpri-lo. Ir a todas as aulas, chegar na hora, sair apenas após o termino da aula é o mínimo que posso fazer, na verdade menos que o mínimo, é necessário estudar em casa também.
Quando alguém sai mais cedo, chega mais tarde ou simplesmente não vai à aula, essa pessoa está quebrando o contrato que assinou com a sociedade, está acumulando menos capital humano do que deveria, ou que se comprometeu a acumular. Como se sabe a sociedade vai pagar pela preguiça de seus jovens, menos capital humano acumulado, menos crescimento, mais pobreza, atraso, enfim, mais Brasil.

Jovens marxistas: querem fazer uma revolução? Fechem seus cassinos que chamam de diretórios acadêmicos! Já pra sala de aula! Já pra biblioteca!

3 comentários:

Natália disse...

Coerente.
Apesar do contraponto do professor ruim que não se compromete em transferir "capital social"... O "tratado" efetuado na matrícula é bilateral...

Christian Wolf disse...

O professor assina um contrato com a sociedade. Nós também...Se ele não cumpre o contrato, é problema da sociedade com ele, independentemente disso, temos obrigação de cumprir o "nosso" contrato.

Natália disse...

Também correto... mas, de uma forma mais prática, mais vale ler os textos disponibilizados através da disciplina com a qual nos compremetemos do que passar "2 créditos"- em unidade de tempo- fazendo de conta que absorvemos algo. Gostaria muito de entender tudo o que dizem e aproveitar o máximo de cada minuto; desculpe, nem todos têm essa capacidade.
Diria que a questão é de maximização do tempo, e não de descumprimento de uma norma ética -no caso descrito, e apenas no caso descrito.