segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Feliz Natal do Econosheet

Feliz Natal para todos, um próspero ano novo também(se eu não postar aqui antes disso).

Não se preocupem, não vou fazer uma análise econômica do natal(não garanto que o Marcelo ou o Ricardo não façam). Esse post é só para as felicitações e para dizer besteiras.

Por exemplo, sugestão do autor: assistam "Esqueceram de Mim" no natal, o segundo principalmente, é o filme mais divertido de natal que eu consigo me lembrar agora. Mostra Nova York toda decorada para as festividades natalinas, mostra o Kevin subindo nas torres gêmeas(e aí dá muita saudade daquela vista pré 9/11).

Ah, ganhei um livro chamado "O Capital" do Francis Wheen, que é um cara que acha que Marx pode ser o penador mais influente do século XXI. No momento eu acho o Francis Wheen o escritor mais idiota do século XXI. Mas ele não precisa se preocupar com isso, a estupidez não tem limites, logo aparece um pior.

domingo, 23 de dezembro de 2007

Heterodoxos como rent-seekers

Heterodoxos são, ao contrário do que se consideram, egoístas. Talvez a corrente keynesiana seja a mais egoísta da economia. Ao defender políticas de seguro desemprego, um keynesiano se coloca na situação de um desempregado, isso é um erro. Claro que se eu perdesse o meu emprego desejaria receber 100% do meu último salário do governo. A teoria econômica, porém, não deve ser usada, dessa maneira, para resolver problemas pessoais (vide o post sobre auto-ajuda marxista).
Todo o mundo sabe que o governo tem um orçamento, não é possível gastar mais do que se arrecada (não deveria). Quando um heterodoxo defende seguro desemprego ele não pensa quanto isso custa ao Estado, pensa apenas na sua situação pessoal.
Ao defender sua salvação pessoal um heterodoxo sabe que não é qualificado, sabe que estudou pouco (se tivesse estudado mais seria ortodoxo). O mesmo vale para qualquer outro serviço prestado pelo Estado.
Heterodoxos defendem gastos públicos porque querem cargos públicos, bem remunerados e pouco trabalho.
É preciso separar ciência e vida pessoal!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Dicionário patriótico

Esse é um esforço do econosheet para resgatar nosso orgulho pela pátria, que atualmente está ferido pelo uso de estrangeirismos. Vamos baní-los de nomes de pessoas, de produtos e de tudo que aparecer pela frente:

Econosheet= Econofolha
Coca-cola light lemon= Coca-cola leve limão
Post-it= Coloque-o
Cream crackers= Quebradiços cremosos
CD(compact disc)= DC(disco compacto)
Investshop=Loja de investimentos
Milk Shake= Leite mexido(ou ainda podemos aportuguesar "Milque cheique")
Volkswagen= Carro do povo
Mouse= Camundongo
Pizza= ?(aceito sugestões)
Hamburger=?(idem)
Site= sítio
Brainstorm= Toró de palpite(catarinenses são pioneiros)
Happy hour= Hora feliz
Sport Club Internacional= Esporte Clube Internacional
BMW(Bayerische Motoren Werke)= OBM(Oficina Bávara de Motores)
GM(General Motors)= MG(Motores Gerais)
Johnnie Walker= João Andarilho
Sufresh= Sufresco
Croissant=?
Brownie=bolinho afrodescendente(by Marcelo)

Por enquanto é isso. Viva a liberdade tupiniquim.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

E a liberdade?

Aldo Rebelo não gosta de estrangeirismos. Acha que eles atrapalham a vida de quem não os entende. Como ele não entende o que é liberdade, ele fez uma lei para acabar com eles(aí a entrevista onde ele comenta isso):

http://www.terra.com.br/istoe/1621/1621vermelhas.htm

Estou atrasado para falar mal disso, o Diego Baldusco, meu colega que escreve no Pensando em Economia já comentou de forma brilhante no post "Welcome to the Jungle":

http://pensandoemeconomia.blogspot.com/2007/12/welcome-to-jungle.html

O Guilherme Stein já replicou no Rabiscos Econômicos, no post "Diego está brabo...". Recomendo que leiam o que os dois disseram, concordo com eles, por isso não pretendo repetir aqui.

Acredito que o maior problema dos que criam uma lei dessas e dos que apóiam-na é que possuem uma compreensão distorcida dos papéis do Estado. Uma coisa é acreditar que certa atitude é ruim, ou não gostar de alguma coisa, outra coisa completamente diferente é defender que o Estado interfira nesse assunto. Um exemplo simples: eu não gosto do S.C. Internacional, acho o Grêmio muito melhor. Tenho todo o direito de achar isso. O que seria um absurdo é eu defender que o governo proíba as pessoas de serem coloradas por não gostar do S.C.Internacional.

Vale o mesmo pros estrangeirismos. As pessoas podem gostar ou não deles, todos têm suas preferências. O problema é probir alguém que gosta deles de utilizá-los. Vitrines de lojas e propagandas são propriedade PRIVADA. Felizmente o comércio não tem uma "função social" na constituição (essa é uma das grandes imbecilidades da nossa querida cartinha de 1988). Se um vendedor quiser escrever em mandarim e afugentar 99,9% da população, que não entenderá o que está escrito, o problema é DELE. Ele que terá prejuízo, a propriedade é DELE. O governo interferir no que ele escreve na propriedade dele é uma medida completamente autoritária, que fere o direito de liberdade de expressão.

Um argumento utilizado é que muitas pessoas não entendem o que está nas vitrines e que, sabendo a língua do seu país, elas deveriam entender. Deveriam é? Onde diz isso? Se eu quiser escrever em código em uma propriedade PRIVADA, eu não posso? O mesmo vale para inglês, mandarim, japonês, russo, kingle(é assim?).

Seria melhor que tudo fosse escrito em português? Se alguém conseguir provar que políticos entendem mais de comércio do que lojistas, dá pra discutir isso.

Ah, o Aldo Rebelo não gosta de nomes estrangeiros. Ele acha fantástico o exemplo de Portugal, onde quase todos os homens se chamam "Joaquim" e "Manuel". Andei pensando, se ele conseguir o que quer, vou ter que me chamar "Cristão Lobo-Guará".

Ele diz que: "Achar que o povo só precisa de comida é um erro.". O problema é que, para ele, o povo precisa de comida e futebol. Adianta muita coisa...

É por causa de idiotas como esse que o país está assim. E é porque o país está assim que a gente adora coisas de fora, quer ir embora correndo. É uma pena. Mas quando quiserem mudar meu nome e proibir qualquer forma de cultura estrangeira, aí minhas ameaças(não sei exatamente a quem isso representa uma ameaça) de ir embora vão ter que deixar de ser ameaças. O precedente para isso está aberto.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Dinheiro e Felicidade

É comum ouvir que dinheiro não traz felicidade. É balela.
O gráfico abaixo mostra uma pesquisa sobre o assunto



Veja que maravilha a posição do Brasil, povo alegre, é?
Curioso que a Holanda é o país com o maior número de pessoas felizes/satisfeitas.

Nem precisa de muitas pesquisas, basta ver que não tem americanos migrando para Cuba, o que acontece é o inverso. E como é que fica a land of universal happiness do Fidel?

Curioso que as pessoas ainda tentam argumentar que crescimento não é importante, veja Cingapura no gráfico.

Claro que tem coisas que o dinheiro não compra, mas elas são de graça em algum país?!

É interessante notar que os países mais ricos tem, obviamente, um nível educacional mais alto, portanto, estudar pode fazer as pessoas felizes. (será?)

Duas frases de um mesmo professor sobre o assunto: "ser pobre é uma merda" e "tá, dinheiro não traz felicidade, mas prefiro ser infeliz rico que infeliz pobre."

*eu sei que existem várias pesquisas que mostram o contrário, mas quem pros que acreditam que dinheiro não traz felicidade oferto minha humilde conta bancária para liberar-vos dos grilhões de infelicidade.