Quando você vai comprar alguma coisa, você olha os preços, certo? Acredito que sim. Se você pede a alguem que compre algo para você, você pergunta o preço? Acredito que a resposta seja afirmativa também. Quem valoriza o próprio dinheiro geralmente faz isso. O curioso é que as pessoas só fazem isso com 65% de sua renda. Ao menos em época de eleições(o melhor seria o tempo todo) deveríamos nos preocupar com os outros 35% da nossa renda. Essa é a parte que o Estado gasta para nós. É isso mesmo, ainda que seja simples, muita gente esquece: o dinheiro gasto pelo Estado é NOSSO, e é utilizado por ele para prover serviços que não são oferecidos de forma eficiente pela iniciativa privada. Por isso que devemos questionar o custo desse serviço.
Sempre que você ouvir que o Estado pretende gastar com alguma coisa(ok, eles nunca dizem que vão gastar, dizem que vão investir, é mais bonito), eu sugiro que faça duas perguntas. A primeira é: quanto vai custar? A segunda, que é complementar à essa é : existe alguma coisa melhor que pode ser feita com esse dinheiro? Se a segunda resposta for afirmativa, o melhor seria que o gasto proposto fosse cancelado. Como as alternativas de gastos são praticamente infinitas, você pode pensar que sempre vai aparecer algo melhor, e aí o melhor seria cancelar todos os gastos. Não funciona assim na prática, mas se você fez esse raciocíno, significa que pegou o espírito da coisa.
Pergunte aos candidatos, pergunte aos seus amigos que defendem investimento em tudo e mais um pouco: QUANTO CUSTA? Ah, se você fizer essa pergunta com gastos que todo mundo acha maravilhosos(educação e saúde em especial), duvido que ache alguém que saiba a resposta. A segunda pergunta, que trata do trade-off, é ótima pra gastos de incentivo a cultura. Quantos gastos melhores/mais necessários que patrocínio ao cinema nacional você consegue citar?
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
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3 comentários:
Esse argumento é muito simples e bom. Friedman gostava dele.
Como é bom ouvir um comentário sobre o Friedman que não seja: "O Friedman usou a curva de Philips pra coisas que o Philips não tinha imaginado fazer com a curva". O incrível é que ouvir outros comentários além desse tá se tornando raro.
Sim, tu só faz cadeira de esquerdista. Vai assisitr as aulas do Giácomo, ele só fala bem do Friedman, te mostra como o Friedman vendia uma nota de 1 dolar por 2 dolares e todos saiam felizes (tá, inventei isso)
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