terça-feira, 15 de abril de 2008

Bate que o preço cai

O mercado de prostituição não recebe muita atenção na economia. É um campo interessante.
Analisando friamente é um campo como qualquer outro. O corpo pertence à pessoa e ela tem o direito de vender qualquer parte dele da maneira que quiser. Requer alguma habilidade, como beleza (qualidade nem sempre vista nos arredores de Porto Alegre), talento "on the job", capacidade de não se envolver emocionalmente com o cliente, entre outras.
Um problema nesse mercado é o estigma. "son of a bitch", "filho da puta" seriam exemplos? (de fato desconheço a origem das expressões)
Enfim, o estigma tem um papel importante nesse mercado, ele é capaz de tornar a curva de demanda positivamente inclinada. Essa idéia segue a linha de alguns autores europeus, onde não existe prostituição de R$1,99 para os descamisados. O estigma mantém os preços baixos e principalmente inibe o consumo. A medida que a sociedade aceita a prostituição como algo perfeitamente normal (filho da puta=filho da mãe), os preços podem subir, assim como o consumo. (não é, obviamente, um ajuste perfeito a uma curva positivamente inclinada, sendo que a demanda é função do estigma)
Além disso, em uma sociedade em que o estigma é mais baixo, as profissionais conseguem obter uma vida melhor devido a leis trabalhistas (não necessariamente bom), acesso a saúde, etc. Os salários no ramo são muito melhores em sociedades mais abertas que em sociedades mais conservadoras (no sentido ruim da palavra). Fazendo uma conta "por cima" é possível demonstrar que uma prostituta média na Alemanha pode receber mais que um físico de um bom instituto de pesquisa.

O mesmo racionínio deve ser válido para a prostituição masculina.

Pensando em mudar de ramo? Aqui você pode se libertar! Defendemos salários mais altos para você, além de um consumo maior de você.
Não é piada, acreditamos que cada um é dono de seu próprio corpo e tem o direito de utilizá-lo como quiser.

4 comentários:

Pato disse...

Era tu que eu vi falando com um motorista ali na frente do Militar, na José Bonifácio? :P

Marcelo B.N disse...

putz, me reconheceram!

Oscar Frank disse...

Olha que eu tô interessando, hein?

baldus disse...

Eu sabia que eu tava subvalorizado!