quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Brown baggers, sorry

Beleza e sucesso profissional caminham juntos, não sempre, mas freqüentemente.
Há uma explicação para tal, mais de uma na verdade.
A primeira pode ser interpretada de uma maneira econômica. Na seleção de um emprego a beleza pode completar uma falha informacional. A beleza revela, em alguma medida, a condição de saúde de uma pessoa, um empresário não vai contratar um trabalhador doente, não faz sentido, um trabalhador saudável rende mais.
Certamente há algumas pessoas "sem preconceito" que não acreditam no que eu escrevi, pois bem, quando forem fazer uma entrevista de emprego vistam uma roupa velha e façam o pior penteado possível.

O interessante nesse assunto é que, de acordo com algumas pesquisas (p.e. Randy Thornhill), a vantagem do mais bonito não é restrita aos seres humanos. Um estudo com moscas mostrou que as moscas com as asas mais simétricas eram melhores reprodutoras.

Um estudo mais interessante ainda (Prokosch, Yeo e Miller). Há uma relação entre beleza e inteligência. Foi feita uma correlação entre simetria e resultados de testes gerais de inteligência, o resultado: A correlação é mais forte para pessoas "da média pra baixo" de feiura.

Uma coisa interessante pra pensar. O Brasil tem índices ruins de desigualdade, assim como há uma desigualdade absurda entre a beleza das pessoas. A suécia tem bons índices de desigualdade e certamente uma menor diferença entre feios e bonitos. Alguém já viu uma sueca feia?

Fico me perguntando se uma plástica melhoraria minhas notas...

5 comentários:

Unknown disse...

A escritora Marta Medeiros também tem uma opinião com relação à: desempenho versus beleza(feiúra).
Ela acha que as pessoas feias se esforçam mais no quesito "desempenho intelectual" para compensar a "não beleza", vamos dizer assim, e desta forma são tão ou mais bem sucedidas que as bonitas (não em concursos de beleza, é obvio).
Já as bonitas se "deitam nas cordas" pois a aparência as leva mais longe mais facilmente.
De acordo com a teoria dela, uma plástica só faria piorar as tuas notas. E mais, a Suécia não deveria ser o que é!
O que achas?

Marcelo B.N disse...

Acho que ela além de feia é burra. Ponto pra minha teoria. Hehe
Tem algum fundamento a idéia dela de ter um incentivo ou não a estudar.
Mas o objetivo de um empresa é maximizar seus próprios lucros, então a empresa contrataria o mais capaz (o feio), portanto, os feios iriam mais longe. Na realidade não é isso o que acontece, como a teoria do post tenta mostrar, na média, as pessoas bonitas são mais inteligentes que as feias. Assim, como talvez até menos esforço, se mostram mais necessárias às empresas, portanto vão mais longe.
É, pela teoria dela o Brasil deveria ser o país mais igualitário do mundo e a Suécia o menos.
Uns ganham o Pulitzer, outros se contentam com o prêmio tchê de literatura ou whatever.

Amy Mizuno disse...

"na média, as pessoas bonitas são mais inteligentes que as feias."
Basta olhar as fotos dos ganhadores de Prêmio Nobel em economia para refutar esta hipótese.

Opinião da Marta Medeiros não conta.

Unknown disse...

Há outras opiniões sobre o papel da beleza, mas esta, abaixo citada, talvez não tão esteja tão relacionada com economia:
"Costuma-se dizer que a beleza é somente superfície.Pode ser que seja. Mas não tão superficial como o pensamento. Para mim, a beleza é a maravilha das maravilhas. Só o medíocre não julga pelas aparências. O verdadeiro mistério do mundo é o visível e não o invisível"
palavras de lorde Botton a Dorian Gray, no livro "O Retrato de Dorian Gray de Oscar Wilde.

Marcelo B.N disse...

na média, na média. Ganhadores do prêmio nobel não são pessoas "da média".