O intenso - mas nada novo - lobby que as grandes gravadoras e distribuidoras vem fazendo contra a "pirataria" de arquivos de áudio na Internet nada mais é do que um versão moderna do ludismo.
Elas que se entendam com o velho Schumpeter. Enquanto isso, sigo com meus downloads.
Elas que se entendam com o velho Schumpeter. Enquanto isso, sigo com meus downloads.
2 comentários:
Discordo de ti, Pato. Acho que a questão dos direitos de propriedade nesse caso não está bem definida(e eu confesso não saber qual a forma ideal fazer isso). Acho que o modelo atual não remunera os autores por suas obras.
Com menos remuneração para a indústria do entretenimento, a tendência é entretenimento em menor quantidade e de menor qualidade. Incentives matter.
Sem dúvida os direitos autorais - e, conseqüentemente, a remuneração dos artistas é um ponto-chave desta discussão. Porém, não o abordo aqui.
A direção da minha crítica é o modelo de indústria fonográfica que temos hoje. Com o barateamento da aparelhagem necessária para gravar música com alta qualidade técnica e a facilidade de distribuí-la na Internet, o papel da gravadora e distribuidora se reduz muito. A possibilidade de distribuir a sua obra diretamente aos fãs elimina um elo nesta cadeia. Tanto isso é verdade que muitas bandas têm lançado integralmente suas obras no MySpace.
Então, o meu ataque não é ao direito autoral, mas a este modelo de indústria antigo, bem menos eficiente do que o que as atuais tecnologias proporcionam.
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