A Folha publicou isto hoje.
Dessa vez a culpa não é da Folha. A informação deve ter vindo assim.
Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso, a injeção de dinheiro público permitiu estimular o crescimento econômico entre 1,7% e 4,5%.
Por que não um intervalo de 1,00% a 5,00%? Ou qualquer outro...
Isso vem de um modelo (ok, pode ser chutado).
Vale a pena confiar nesse modelo?
Se esse modelo é bom, pq temos visto tantos erros de previsão nesses tempos de crise?
Essa crise não é algo "nunca antes visto" ou "o início do fim dos tempos"?
Que adianta então rodar um modelo com dados de um passado que não se vive mais?
E será que é um modelo adequado mesmo em períodos de calmaria?
E quanto pesa a política no modelo?
De acordo com números oficiais, o investimento público foi de US$ 787 bilhões, mas segundo sua própria estimativa, o custo foi superior a US$ 814 bilhões.
Algo em torno de 2150 dólares/habitante.
Será que os consumidores tiveram uma melhora de mais de U(2150)?
É. Eu acho que o governo -não só ele- não tem muita idéia do que está acontecendo e fica tentando a glória ao custo do bom e velho contribuinte.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
IBGE e o Neoliberalismo
Esse ano tem censo no Brasil. E eu vou esperar os recenseadores com uma espingarda em casa. É isso mesmo, ficar lá de tocaia, em uma cadeira de balanço com uma espingarda (southern style). Brincadeira, os recenseadores não tem culpa de nada e eu até gosto do censo, mas estou apavorado com o IBGE. Por que isso? Por causa desse texto que o Marcelo me mandou:
Esse texto não é só comunista, é uma das coisas mais estúpidas que eu já li na minha vida. Vamos aos "melhores momentos":
"Muito pelo contrário: os "excluídos" são parte integrante da sociedade, e vemos que cada vez mais as desigualdades aumentam."
Commies, no Brasil o ponto de inflexão da concentração de renda, ou seja o momento onde a renda passou a se tornar menos concentrada é exatamente o meio da década de 90 quando o país estabilizou moeda, fez privatizações e abriu o mercado. No mundo a concentração de renda tem diminuído em boa parte pela abertura de mercado na China que faz o país crescer e reduz a desigualdade. Não existe nenhum dado que mostre relação positiva entre liberdade econômica e concentração de renda, existem vários que mostram o inverso disso. Portanto, enfiem esse discurso no rabo, chega de infectar a mente de gente em idade escolar com essa porcaria (sim, é a única forma de garantir que essa besteira continue sendo dita).
"Como você já sabe, as mercadorias acabam não sendo produzidas de acordo com as necessidades da população e sim de acordo com as necessidades do mercado."
Amiguinhos do IBGE, quem será que define as "necessidades do mercado"? Será que o mercado é uma entidade maligna com vontade própria? Evidente que não, o mercado é formado por pessoas e empresas. Quem demanda os bens são pessoas e as pessoas escolhem os bens que elas mais gostam. Quem oferece os bens que elas não gostam, cai fora do mercado. Por isso que a Microsoft ainda existe e a COBRA desapareceu. Viram que mágico?
"Basta o exemplo, que não é incomum, de produtores que destroem alimentos para que seu preço se mantenha alto no mercado."
Pessoal, vamos aos fatos: é sim bastante incomum que isso aconteça. E não por bondade dos produtores, é porque eles não são IMBECIS (ao contrário dos funcionários do IBGE TEEN). O fato é que o mercado de produção de alimentos é um dos mais descentralizados do mundo, ou seja, nenhum produtor tem influência significativa sobre a quantidade produzida e assim, nenhum consegue influenciar o preço. O produtor que destruir sua produção está jogando dinheiro no lixo, por isso não existem exemplos de tamanha imbecilidade.
Quer dizer, quase não existem exemplos. Nosso querido líder Getúlio Vargas fez isso pra salvar os cafeicultores. Ou seja, ele jogou nosso dinheiro no lixo. Bastante estúpido, não? Tanto quanto esse texto do IBGE, que foi criado exatamente no governo do nosso querido líder Getúlio Vargas. Viram que mágico?
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Trocas e trocas
Li uma pequena reportagem sobre um sujeito que fez umas trocas na internet, saindo de um clips vermelho para uma casa. Claro que não trocou diretamente um pelo outro.
Isso me fez pensar em dois pontos importantes da economia: liberdade de escolha e informação.
O processo de trocas é válido pois é baseado em trocas voluntárias, o mesmo princípio de funcionamento da economia de mercado. Ninguém saiu prejudicado. Sempre se trocou menos utilidade por mais utilidade. Gerou-se utilidade sem produção, apenas realocando os bens entre os consumidores. Se o jogo terminasse por aqui...
Em troca direta não há preços monetários. Geralmente os bens sendo trocados possuem alguma espécie de valor sentimental ou simplesmente não são comercializados normalmente, não possuindo um preço em unidades monetárias. Preços refletem informações importantes na economia. Sair de um clips para uma casa foi possível pq as trocas não foram mediadas por moeda.
Claro que alguns comunistas tentam ver nisso um grande futuro. Ir no supermercado com clips, canetas e mais uma bugigangas e sair com o carrinho cheio de delícias importadas.
Pessoalmente acho que a brincadeira é divertida e se presta pra algumas conversas econômicas. E termina por ai
Isso me fez pensar em dois pontos importantes da economia: liberdade de escolha e informação.
O processo de trocas é válido pois é baseado em trocas voluntárias, o mesmo princípio de funcionamento da economia de mercado. Ninguém saiu prejudicado. Sempre se trocou menos utilidade por mais utilidade. Gerou-se utilidade sem produção, apenas realocando os bens entre os consumidores. Se o jogo terminasse por aqui...
Em troca direta não há preços monetários. Geralmente os bens sendo trocados possuem alguma espécie de valor sentimental ou simplesmente não são comercializados normalmente, não possuindo um preço em unidades monetárias. Preços refletem informações importantes na economia. Sair de um clips para uma casa foi possível pq as trocas não foram mediadas por moeda.
Claro que alguns comunistas tentam ver nisso um grande futuro. Ir no supermercado com clips, canetas e mais uma bugigangas e sair com o carrinho cheio de delícias importadas.
Pessoalmente acho que a brincadeira é divertida e se presta pra algumas conversas econômicas. E termina por ai
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