segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Perdemos a noção

Hoje num telejornal entrevistaram alguém sobre o crack.
Como era de se esperar, veio muita bobagem.
A repórter tentou fazer uma ceninha que o SUS não tem como tratar todos os viciados.
Isso é óbvio! Alguém acredita em serviços públicos brasileiros?
Pra mim o pior de tudo é que usar crack é uma opção. A maior parte das doenças não é.
Muita gente morre na fila do SUS esperando um transplante, porque ninguém quer solucionar o problema. Ou aceita discutir mercado de órgãos.
Eu não sei, mas acho que com recursos limitados o SUS deve fazer escolhas, assim como o indivíduo escolhe ou não usar crack. Não é possível tratar todos os problemas de todos os brasileiros, isso é óbvio. Se o sujeito comete um erro e usa drogas, o problema é dele, os outros contribuintes não devem sacrificados porque o cara estava entediado ou sei lá o que.
Já que o nosso gasto com saúde é irreversível, acho mais respeitoso dar preferência ao tratamento de outras doenças, câncer, gripe suína, sei eu, alguma doença que não seja conseqüência direta das escolhas de alguém.

(Tomando uma posição de "nós" e "eles" pra deixar o texto mais bonito)
Conhecendo a qualidade do serviço público brasileiro, é óbvio que vamos perder a guerra do tráfico.


Destaque pro prefeito de Raposo preso com crack após ter passado a noite se divertindo com um travesti.
É, a solução pra esse cara é por ele num tratamento pago pelo contribuinte, sem parar de pagar o salário dele, claro, o coitadinho é dependente químico.

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