É que o governo não acredita em mecanismos que funcionam sozinho.
O risco de um assaltante se dar mal aumenta se a sua vítima estiver armada e souber manusear uma arma. Portanto, se o assaltante souber que o seu alvo está armado é bem provável que ele desista da ação.
Daí vem alguém e diz que dar direito de armar toda a população implica armar alguns lunáticos que volta e meia entram em colégios e matam criancinhas. Só que esquecem que não é a arma ao alcance que faz o indivíduo tornar-se um homicida em série; pelo contrário, é mais comum que o maluco consiga uma arma para dar cabo às suas intenções sinistras do que a presença de um revólver o inspire a tal.
Enfim, arma é o tipo de bem que ou todos tem, ou ninguém tem. Deixar que apenas um grupo tenha armas implica um ato de fé que não combina com um contrato bem desenhado: quem me garante que não estou entregando o machado na mão do meu algoz?
Concordo com os dois. Mas acho que minha pergunta continua sem resposta. Qual é o benefício pro governo?
É estranho, mesmo que o número de homicídios caísse um pouco, muito não tem como cair. Compensa se indispor, nem seja momentanemente, com uma parcela muito grande da população?
Se a maioria das pessoas acredita que são as armas o problema o governo, ao proibi-las, receberá o endosso da maior parte da população, sua popularidade aumentará e a chance de vitória nas urnas no futuro aumenta.
Pois é Pato, isso é razoável. Mas não sei, se já perdeu de 64% da outra vez, dificilmente vai ganha de 90% dessa. Acho que tem grandes chances de o governo perder votos com essa brincadeira.
Existe estatística de quantos % dos homicídios no Brasil são cometidos por gente com armas legalizadas. E dessas pessoas, quantas tem porte? (arma legalizada não quer dizer que se possa andar com ela na rua).
Uma campanha séria de desarmamento teria que apresentar esses dados. Sem eles não da pra ter idéia do impacto do desarmamento da população, se é que existiria algum impacto.
De qualquer forma, como disse o Marcelo, esse tipo de política em geral precede coisas que é melhor nem imaginar.
6 comentários:
É que o governo não acredita em mecanismos que funcionam sozinho.
O risco de um assaltante se dar mal aumenta se a sua vítima estiver armada e souber manusear uma arma. Portanto, se o assaltante souber que o seu alvo está armado é bem provável que ele desista da ação.
Daí vem alguém e diz que dar direito de armar toda a população implica armar alguns lunáticos que volta e meia entram em colégios e matam criancinhas. Só que esquecem que não é a arma ao alcance que faz o indivíduo tornar-se um homicida em série; pelo contrário, é mais comum que o maluco consiga uma arma para dar cabo às suas intenções sinistras do que a presença de um revólver o inspire a tal.
Enfim, arma é o tipo de bem que ou todos tem, ou ninguém tem. Deixar que apenas um grupo tenha armas implica um ato de fé que não combina com um contrato bem desenhado: quem me garante que não estou entregando o machado na mão do meu algoz?
"IF GUNS ARE OUTLAWED
ONLY OUTLAWS WILL HAVE GUNS"
Concordo com os dois.
Mas acho que minha pergunta continua sem resposta.
Qual é o benefício pro governo?
É estranho, mesmo que o número de homicídios caísse um pouco, muito não tem como cair. Compensa se indispor, nem seja momentanemente, com uma parcela muito grande da população?
Há algo de muito macabro por trás dessa campanha.
Oras, o governo quer maximizar votos.
Se a maioria das pessoas acredita que são as armas o problema o governo, ao proibi-las, receberá o endosso da maior parte da população, sua popularidade aumentará e a chance de vitória nas urnas no futuro aumenta.
Pois é Pato, isso é razoável.
Mas não sei, se já perdeu de 64% da outra vez, dificilmente vai ganha de 90% dessa.
Acho que tem grandes chances de o governo perder votos com essa brincadeira.
Existe estatística de quantos % dos homicídios no Brasil são cometidos por gente com armas legalizadas. E dessas pessoas, quantas tem porte? (arma legalizada não quer dizer que se possa andar com ela na rua).
Uma campanha séria de desarmamento teria que apresentar esses dados. Sem eles não da pra ter idéia do impacto do desarmamento da população, se é que existiria algum impacto.
De qualquer forma, como disse o Marcelo, esse tipo de política em geral precede coisas que é melhor nem imaginar.
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