sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meat is murder?

"Murder, as defined in common law countries, is the unlawful killing of another human being with intent (or malice aforethought), and generally this state of mind distinguishes murder from other forms of unlawful homicide (such as manslaughter). As the loss of a human being inflicts enormous grief upon the individuals close to the victim, as well as the fact that the commission of a murder is highly detrimental to the good order within society, most societies both present and in antiquity have considered it a most serious crime worthy of the harshest of punishment."

Not really.

Por que isso no econosheet? Bom, além dos blogueiros aqui serem carnívoros (nós somos inclusive ativistas dessa causa), a idéia é combater o discurso politicamente correto que está por trás da cultura anti-carne.

Parar com a carne porque acha que o gosto é ruim (you fail at tasting)? Ok, todos tem o direito. Porque acha pouco saudável, aí já se começa a derrapar, comer carne, especialmente branca, é importante pra uma dieta balanceada. É possível viver sem carne assim como é possível viver sem salada, a pessoa sobrevive, mas faltam nutrientes imporantes. Mas essa também é uma justificativa aceitável e inofensiva, ainda que falaciosa.

Agora, o "meat is murder" que é o problema. Matar animais para garantir a própria alimentação não tem nada de crueldade, já foi uma questão de sobrevivência para a nossa espécie e continua sendo importante para nos mantermos e principalmente para nos mantermos bem (não existe carne de soja pra humanidade inteira e aquilo nunca vai se comparar a um bife de lomo de 5 cm de altura, como os que se encontra em Buenos Aires). E o maior problema é que a origem desse discurso é a mesma de todo o discurso politicamente correto.

A "political agenda" que quer nos fazer parar de comer carne é a mesma que diz que quer "tornar o capitalismo mais humano"(leia-se acabar com a economia de mercado), tornar a imprensa "mais responsável" (acabar com a liberdade de imprensa), extinguir qualquer forma de estereótipo (leia-se proibir as piadas) e acabar com o consumo de petróleo (ou seja, nos fazer andar a pé, independente da distância).

Acho que se o discurso politicamente correto triunfar, acaba com a nossa liberdade e com a nossa sociedade. Mas disso eu não tenho certeza, é só um chute. O que eu tenho certeza é que o mundo ficaria muito mais chato.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Melhor negócio do mundo

Diziam que o melhor negócio do mundo é comprar um argentino pelo que ele vale e vender pelo que ele diz que vale. O Marcelo pode fazer um post sobre isso dizendo se é verdade ou lenda.

Agora, me parece que aqui no Brasil surgiu um negócio ainda melhor: compra de votos legalizada E com o dinheiro dos outros. Olhem o que uma estudante da UFRGS escreveu sobre o critério dela para definir voto:

"Meu critério é o de agradecimento, se não fosse a implementação das políticas sociais de certo partido eu não estaria aqui, poisé. Thanks bolsa familia e semelhantes xD.(...)O que o Lula indicar, eu voto !!"

Acho importante dizer que eu não sou radicalmente contra bolsa família e afins. Acho que tem seu mérito porque deixa a pessoa definir com o que quer gastar dinheiro. É melhor que fila da sopa ou bobagens do gênero. Seria bom que o governo expandisse isso e deixasse as pessoas escolherem escolas pros filhos e hospitais no setor privado. Pagar pra uma pessoa estudar em uma escola privada é muito mais barato e eficiente que fazer escolas públicas.

Agora, o problema é o governo propagandear essas coisas como próprio mérito. Primeiro que o Lula não é o inventor dos programas assistencialistas e eles não vão acabar no próximo governo, independentemente de quem for eleito. Segundo que não é o governo que paga por essas coisas. Se o Lula pegasse o dinheiro dele (supondo que não tivesse nada público no meio) pra bancar as mesadas, tudo bem, ele poderia se vangloriar dessas coisas. Agora, quem paga a festa somos nós.

Os contribuintes pagam pelo bolsa família. Se alguém acha justo doar seu voto pelos responsáveis por esse programa, é tão justo doar pros blogueiros do econosheet quanto pro Lula. Aos interessados em doar o voto, agradecemos se ajudarem a eleger o Américo de Souza.

Obs: Como existem planos de censurar a internet, é bom ter cuidado com o que se escreve. Então deixo bem claro: o último parágrafo é uma brincadeira, não pedimos ou aceitamos qualquer forma de doação de votos.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Hot Dog?

Estava dando uma olhada na Folha e encontro pela segunda vez em pouco tempo a expressão "hot dog". Que aconteceu com o bom e velho cachorro quente hein? Apesar de ser uma tradução direta é menos patético que dizer "hot dog", até pq as pessoas falam "roti dogui".

Tá, não tem nada a ver com economia nem nada o post. Mas enfim... economia é mais difícil que falar mal das coisas.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Lógica estranha

Foi feita uma pesquisa em São Paulo buscando saber o nível de bem estar das pessoas na cidade. Os piores aspectos foram a segurança (75% das pessoas se disseram totalmente insatisfeitas) e o nível de satisfação com os governantes, que recebeu nota 2,3. O que surpreende não é isso, mas a conclusão que o idealizador do FSM, Oded Grajew tirou desses dados:

"Medo, desconfiança e instabilidade têm a ver com a falta da presença do Estado. A questão da segurança é fundamental para a qualidade de vida."

Ou seja, se as pessoas estão insatisfeitas com os governantes, a solução é dar mais dinheiro e poder pra eles.

domingo, 18 de julho de 2010

Analfabeto político

Acho que ninguém se escapou, durante o colégio, daquele texto do poeta e dramaturgo (e eu imagino que outras coisas cult) alemão Bertold Brecht. Podem ter certeza que agora que estamos em tempos de eleição, esse texto vai aparecer por tudo. Pra quem não lembra:

O

"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

Destaco uma frase:

"Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas."

É verdade que decisões políticas afetam o preço do feijão, do peixe, da farinha do aluguel, do sapato e do remédio. Por exemplo, a decisão de proibir importação de feijão aumenta o preço do feijão, isso é óbvio.

Mas muito pior do que os analfabetos políticos que ignoram que decisões políticas tem impacto no custo das coisas, são os analfabetos políticos que acreditam que só as decisões políticas são relevantes para os custos. Esses são os imbecis que mandam agricultores pro paredão porque tiveram que aumentar os preços dos grãos depois de uma quebra de safra. Esses são os imbecis que colocam uma economia à beira do colapso por proibir aumentos de preços na tentativa de combater a inflação. Em resumo, são os imbecis que tentam revogar as leis de mercado. Ah, e também são os imbecis em quem nós estaremos votando no próximo dia 3 de outubro.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Unfuck the gulf

Vídeo de uma campanha de ecologistas nos EUA:

http://www.youtube.com/watch?v=Ur34ChnrjJY

Eles falam muita merda aí no meio. Lá pelas tantas eles chamam o governo de too little.

Mas meu ponto não é esse, é simplesmente que até falando palavrão os ecologistas conseguem ser chatos. Muito chatos.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Ecofascismo

"O uso de sacolas plásticas para embalar mercadorias fica restrito no Rio de Janeiro a partir de sexta-feira, com a entrada em vigor da Lei nº 5.502 de 2009. Os parlamentares da Assembleia Legislativa do estado tinham aprovado o adiamento para janeiro de 2011, mas o Diário Oficial do estado publicou hoje o veto do governador Sérgio Cabral."

Quando o governo proíbe as pessoas e as empresas de decidirem como querem carregar suas compras, things have gone too far.

Existe o argumento de que sacolas plásticas poluem. Solução democrática? Mercado!

Se o problema é que elas consomem petróleo, não é necessário fazer nada, o preço do petróleo vai encarecer as sacolas e a produção delas vai diminuir, tudo se ajusta. Se o problema não for só esse, ou seja, se houver externalidade negativa no uso das sacolas, então a solução é cobrar um imposto no uso delas (tanto faz se no supermercado ou na produção, o efeito é o mesmo). O imposto deve compensar o custo que as sacolas geram pra sociedade. Assim, quem preferir utilizá-las paga pelo prejuízo dessa decisão que atinge outras pessoas.

Mas a decisão está longe de ser democrática, é proibição e ponto. Motivo? Bom, eu vejo dois: o primeiro é que a turma do meio ambiente é ignorante e não tem noção nenhuma de microeconomia. Por sinal, não deve ter idéia do que são externalidades, nem das maneiras de lidar com elas. O segundo é que esse pessoal é autoritário, pra eles ou a pessoa gosta de mato ou leva porrada. Isso, claro é herança dos tempos que eles eram comunistas (ok, são comunistas até hoje, mas não mais abertamente).

Começou com a sacola plástica, logo vão limitar as escolhas de carro (quem comprar um SUV é mandado pro gueto) e assim por diante. No final quem soltar um peido vai pro paredão por emitir metano, e eu não faço idéia do que eles planejam fazer com os cadáveres em decomposição, que emitem gases como CO2, que causam (yeah, right) efeito estufa.


Obs: eu exagerei aqui e ali, mas esse tema me irrita.