quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Look further back, Mr. Obama.

Quando o Obama foi eleito nos EUA, eu fiquei preocupado. Não que gostasse do McCain ou da Hillary, mas o Obama me parece o mais populista deles. Quando ele assumiu, fiquei ainda mais preocupado, o discurso de "não interessa se o Estado é grande ou pequeno, o importante é que funcione" tem cheiro de keynesianismo, de gastos fabulosos para fins questionáveis. Mesmo não gostando, eu vou ter que aturar o Obama, assim, o máximo que posso fazer são uns posts com recomendações sobre o que ele deveria fazer.

A solução mais óbvia seria dizer: "FAZ IGUAL AO REAGAN!", mas agora não tem mais muro pra derrubar e o império do mal faz questão de se esconder, além disso, por mais que tentasse, o Barack nunca conseguiria se aproximar do Ronald(falo do Reagan, mas ele não conseguiria se aproximar do Hillbrecht também). Assim, o melhor é adotar outra abordagem. O Obama adora falar do Lincoln, adora se comparar a ele, usá-lo como modelo. Ainda que o Lincoln tenha sido um presidente sensacional, minha sugestão é que o atual presidente olhe ainda mais pra trás, que ele se pergunte: "o que os Founding Fathers fariam?".

Essa é a grande vantagem dos norte-americanos: quando o país foi formado eles tinham grandes líderes, que entendiam o sentido e a importância da liberdade e do respeito ao direito individual e sempre deram destaque a isso nas suas manifestações e nas suas políticas. Se o país continuar utilizando esses ideais como referência, deve seguir no bom caminho. Grandes erros da história americana, como o New Deal, a guerra do Vietnã, eleger o Kennedy e os gastos militares assustadores do Bush poderiam ter sido evitados se eles tivessem consultado os pensamentos dos Founding Fathers e a constituição. Se o Obama fizer isso, o futuro da América será próspero, se não fizer, também será próspero(talvez um pouco menos), uma vez que é o trabalho e a criatividade dos americanos e não o Estado deles que é a origem do progresso.

P.S.1: No Brasil, nosso primeiro líder importante foi um imperador putanheiro. Não é recomendável que utilizemos as idéias políticas dele como referência(talvez para legalizar a prostituição...).

P.S.2: Se algum dia eu fizer uma tatuagem, penso em tatuar a segunda emenda da Bill of Rights: "A well regulated militia being necessary to the security of a free State, the right of the People to keep and bear arms shall not be infringed.". Provavelmente é a frase mais texana de todos os tempos.

debates

Tava tendo uma discussão com um argentino ontem numa aula, sobre papel do Estado e tal.
Obviamente a Argentina hoje é um reflexo do que as pessoas acreditam ser o papel do Estado.
Eu obviamente defendi a coisa certa, pouco Estado.
O interessante do debate foi que as pessoas de países desenvolvidos concordavam comigo e as de países atrasados não.
Fica claro, né?

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Malthus again!

Minha intenção com esse post não é chancelar nenhum tipo de ecochatice, nem achar pertinente que, em um continente onde a população se torna cada vez mais velha, medidas de controle de natalidade via estado sejam tomadas... mas este artigo do Globo.com me chamou atenção, mais pelo tema do que pela postura do assessor do governo britânico.

Sempre estranhei que, ao falar das catástrofes que levarão o planeta Terra à hecatombe final, os malas verdes de plantão só dessem ênfase a aquecimento global, fome na África, derretimento das geleiras e extinção de meia dúzia de espécies de samambaias nepalesas, enquanto que um tema importante como população era deixado de lado. Algumas pulgas ficam pulando atrás da minha orelha: 1) Qual é a população ótima da Terra? 2) Certamente o envelhecimento da população européia é ruim no longo prazo, dado, por exemplo, os problemas ligados à produção; mas, será que, no longo prazo, isso - o envelhecimento e a conseqüente redução populacional - não seria bom?

Não sei, voltaemeia o fantasma de Malthus vem me atormentar. Não consigo afastar a idéia de que há bocas demais. E que a Peste Negra, ao dizimar 1/3 da população européia na Idade Média, nada mais fazia do que trazer o número de habitantes do Velho Continente de volta ao patamar equilíbrio, dado o contexto.